Barragem dos Pequenos Libombos, 30 Anos Abastecendo Água aos Municípios de Maputo, Matola e Boane

A construção da Barragem dos Pequenos Libombos trouxe muitos benefícios para comunidades locais tais como o surgimento de duas aldeias a Massaca I e a Massaca II, pois parte dos trabalhadores envolvidos nas obras de construção da Barragem acabaram erguendo suas casas nestas aldeias.
Três grandes pilares norteam as contribuições no que concerna a responsabilidade social por parte da ARA-Sul através da Unidade de Gestão da Bacia de Umbeluzi que faz a gestão do Aldeamento dos Pequenos Libombos a saber: Posto Médico que tem assistido os trabalhadores bem como as comunidades vizinhas de forma gratuíta, Escola Primária dentro do aldeamento que para além dos filhos de trabalhodores residentes, beneficia as comunidades visinhas e Posto Policial que para além de velar pela segurança da infraestrutura também garante a segurança das comunidades visinhas.
Segundo Jaime Timba, o Director da UGBU “no que concerne à metigação de cheias, a Barragem desenpenhou um grande papel na cheia do ano 2000.
É de realçar que as experiências vividas no ano 1984, com a ocorrência de umas das grandes cheias na bacia (Demoína) quase no início da construção, notou-se que a jusante houve registo de grandes inundações si comparado com a do ano 2000 já com a barragem construída.
A Barragem dos Pequenos Libombos é um empreendimento de raiz, foi construida de terra e betão e tem uma capacidade máxima de armazenamento de 400Mm3 mas entretanto deste, 350Mm3 é o que constituí volume útil.
Esta barragem até então é a principal fonte para o abastecimento de água os Municípios de Maputo, Matola e Boane, localizando-se na província de Maputo, distrito de Boane na cadeia montanhosa dos Libombos, razão pela qual chama-se Barragem dos Pequenos Libombos.
Foi inaugurada pelo então Presidente da República de Moçambique, Joaquim Alberto Chissano, no dia 30 de Abril de 1987, pelo que este ano celebra 30 anos de existência, bodas de pérola.
As obras de construção desta barragem iniciaram a 15 de Feverreiro de 1983, impulsionadas pelo saudoso Presidente Samora Machel, que com sabedoria liderou a construção das Barragens dos Pequenos Libombos, com o intuito de garantir o abastecimento de água as cidade de Maputo e Matola. O Presidente Samora, quis assim, que o País assegurasse o devido aproveitamento do nosso potencial em recursos hídricos para o desenvolvimento socioeconómico de Moçambique.
António José Moreira D’Oliveira, técnico da ARA-Sul, afecto a Unidade de Gestão da Bacia do Umbeluzi (UGBU), recorda que o Presidente Samora Machel, acompanhou a operação de devolução do rio ao seu leito normal em 1986, no dia 25 de Março“ no caso da Barragem dos Pequenos Libombos, houve necessidade de se fazer o desvio do rio para permitir as obras de construção do descarregador central que foi construido no leito do rio. Após a construção das encecadeiras do descarregador de fundo, devolveu-se o rio ao seu curso normal”.
A Barragem foi construída no tempo da guerra dos 16 anos, felizmente a mesma não afetou o decurso normal das obras pois o Governo destacou um contingente militar para zelar pela segurança local e arredores. Após a conclusão das obras, foi criada uma força de Segurança Interna, Arone Mazuze que fez parte dessa equipe em 1987, afirma que as 6 principais entradas do recinto da Barragem estavam protegidas pelas forcas de Segurança Interna que zelavam pelo registo de entrada e saídas de viaturas.
O Acampamento da Barragem dos Pequenos Libombos é a parte residencial construída para acomodar os Empreiteiros da Firma italiana Strade Coop e da Fiscalização Coine Bellier e parte dos técnicos moçambicanos envolvidos na obra de construção da Barragem. É constituído por casas do tipo 1. 2, 3 e 4 para além de quartos suits, um clube de diversão dois refeitórios, dois campos de futebol de onze e salão, um posto médico, e uma escola primária.
Findo as obras e como forma de sub aproveitar estas infra-estruturas, parte delas foram transformadas em casas de turismo, e casas para acomodar os funcionários afectos a UGBU. Em conversa com a equipe de redacção Damiao Savene recordou que foi construído um “bunker” que agora é a sala de conferências do empreendimento, que tinha como objetivo albergar as pessoas em caso de um ataque inimigo.
Durante a época chuvosa 2016/17, a albufeira registou ligeiro incremento do volume armazenado, entretanto, não satisfatório para retomar o regime normal de abastecimento de água. Actualmente a barragem fornece cerca de 50 e 80%, do volume de água necessário para a irrigação e abastecimento de água aos Municípios da Cidade de Maputo, Matola e Boane. Deste modo, as restrições no fornecimento de água irão prevalecer até a próxima época chuvosa na espectativa desta ter uma melhor produção de água.
Nesse contexto, congratulamos os gestores que na perspetiva de assegurar a disponibilidade deste precioso liquido, evidenciaram todos o esforço nesse sentido para que a água não falte as populações.
Congratulamos ainda, a todos os trabalhadores da ARA-Sul em especial os que estão diretamente a desempenhar as suas tarefas neste grande empreendimento pelos feitos alcançados durante os 30 anos.
Bem-haja Barragem dos Pequenos Libombos!