Divisão de Gestão da Bacia Hidrográfica do Limpopo (DGBL)

A Divisã de Gestão da Bacia do Limpopo – DGBL, com sede em Chinhacanine  distrito de  Guijá, província de Gaza e delegações na Barragem de Massingir  é responsável pela gestão operacional dos recursos hídricos das bacias dos rios abaixo descriminados:

Bacia Hidrográfica do Limpopo


O Rio Limpopo com cerca 1 461Km de comprimento possui uma bacia com uma área de 412.000 Km 2 de extensão é partilhada por quatro Estados da região da SADC, nomeadamente África do Sul, Botswana, Zimbabwe e Moçambique. Ela localiza-se entre os paralelos 22 0 e 26 0 Sul e entre os meridianos 26 0 e 35 0 Este. Em território nacional está enquadrada entre os paralelos 21º e 25º Sul e os meridianos 31º e 35º, e confina a norte com a bacia do Rio Save, a sul com a do Rio Incomati e a este com a do Rio Govuro o quadro a seguir indica as áreas parciais da bacia do Rio Limpopo.

Grandes Obras Hidráulicas


A Bacia do rio Limpopo possui duas grandes infra-estruturas hidráulicas, as barragens de Macarretane e Massingir. A barragem de Massingir cujo estudo para sua construção foi iniciado em 1924 foi concebida nos anos 60 e construída sobre o rio dos elefantes entre 1972 e 1977, é uma barragem de terra, projectada para irrigar 90.000 hectares com destaque para 30.000 ha do sistema de regadio do Chókwè onde consumo potencial estimado de 21.500 m3/ha/ano e 9.000 ha no sistema de regadio de Xai-Xai onde o consumo potencial estimado é de 12.000 m3/ha/ano. A barragem (açude) de Macarretane, construído sobre o rio Limpopo nos anos entre 1953 a 1955 cujo objectivo é de assegurar o abastecimento de água, sobretudo, para elevar o nível de água para tomada do canal principal de irrigação permitindo regar, por gravidade, todo o perímetro do Sistema de Regadio do Chókwè.

Outras obras hidráulicas


Para além destas duas grandes, existem na bacia cerca de 70 obras hidráulicas, entre pequenas e médias barragens e reservatórios escavados para diversos fins, dentre eles a rega, o consumo doméstico e abeberamento de gado. Ainda se pode referir dos diques de Chókwè e Xai-Xai com características seguintes:

Características do Sistema de Drenagem


Quanto à constância do escoamento no Rio Limpopo e seus afluentes são considerados como sendo perenes os rios Limpopo e Elefantes, e intermitentes os rios Changane e Nuanetze. No entanto, nota-se que em casos excepcionais mesmo nos rios Limpopo e Elefantes os escoamentos tendem a zero.

Características do Relevo


As altitudes médias por sub-bacia são de 75 m para Changane, 700 m para o Limpopo e 900 m para a sub-bacia do rio dos Elefantes.

O perfil dos rios relaciona as cotas dos respectivos leitos com as distâncias. Na elaboração a rigor, deve se ter em conta as variações mais significativas, nomeadamente aquelas que resultam de eventuais quedas acentuadas. A inclinação média do rio obtém-se dividindo a diferença entre a cota máxima e a mínima da nascente e da foz, respectivamente, do leito do rio, pelo comprimento do curso de água entre as mesmas. Para o caso do Limpopo na parte Moçambicana a inclinação é de 0,35m/km ou 0,00035

Geologia, Solos e Vegetação


A bacia do Limpopo, em Moçambique, faz parte da bacia sedimentar da parte Sul do País, é limitada no extremo Oeste por riolitos e basaltos (Superior do Karoo) da cadeia dos Libombos. A série das rochas sedimentares varia, em idade, desde o Cretáceo Inferior a Oeste junto à fronteira com a África do Sul e o Zimbabwe até ao Quaternário na zona costeira. Excepto nas encostas do Rio Limpopo e dos Elefantes à montante de Chókwè, onde existem afloramentos, a planície interior e as rochas mais antigas estão cobertas por aluviões, e na área costeira estão cobertas por aluviões e areias dunares. A sequência sedimentar é dominada por depósitos continentais e deltaicos como a formação dos Elefantes (Cretáceo Superior – Terciário Inferior) e a Formação de Mazamba/Magude (miocene Inferior/plioceno). As transgressões marinhas mais importantes ocorreram no Cretáceo Superior (Formação de Gudja) e o mioceno Inferior (Formação de Jofane). Tectonicamente as partes Central e Oriental da bacia são cortadas em diversos blocos, limitados por falhas orientadas em direcção Este – Nordeste e Oeste – Sudeste na área costeira. As falhas são orientadas segundo a direcção Norte-Sul, fazendo a cobertura da extensão das falhas do sistema do Rift da África Oriental. A extensão para o Norte do vale tectónico submarino da costa do Natal até a zona costeira da bacia do Limpopo, também é de grande importância resultando numa larga sequência aluvionar e deltaica na parte baixa da bacia ( Dingle, Sisser e Newton “Bouwman e Smidt”).

Solos e Vegetação


A distribuição dos solos geralmente se relaciona com o tipo de rochas e sedimentos de que derivam. Os solos predominantes na parte Moçambicana da bacia derivam dos sedimentos do Karroo, Cretáceo e Terciário Superior e são em geral constituídos por uma vasta cobertura arenosa de pequena espessura em quase toda a zona oriental, comparados com os solos de interior que variam de 5 a 20 metros de espessura e exibem uma textura arenosa ou argilo-arenosa de base conglomerática. Outros solos de sedimentos menos desenvolvidos são de origem Quaternária nas dunas costeiras, da costa para o interior, os solos são do tipo regossolos de cor branca. No aspecto geomorfológico, as condições para a formação dos solos em geral, na área junto aos grandes rios, Limpopo, Changane e Elefantes, correspondem aos terraços fluviais, o que é demonstrado claramente através dos depósitos aluvionares, que por vezes possuem características argilosas e arenosas.

O processo de formação dos solos decorreu com a presença de uma formação de vegetação de tipo Savana e Bosques, capim alto alimentado pelo maior fluxo de águas subterrâneas que ocorrem na zona e das cheias periódicas que se registam no rio principal. A consideração da cobertura vegetal da bacia hidrográfica tem especial interesse na análise dos fenómenos hidrológicos que ocorrem na bacia, com destaque para sua influência no escoamento superficial, na infiltração, na evaporação e evapotranspiração, já que a presença das florestas e bosques, ao impedirem o choque directo das gotas de chuvas com o solo e ao modificarem as próprias características do solo, favorecem à infiltração, reduzem a velocidade do escoamento superficial, o fenómeno de erosão e a ocorrência de grandes cheias e aumentam a capacidade de reserva hídrica subterrânea (grupo de trabalho 1971).

Características Climáticas


De um modo geral o clima na bacia do Limpopo é árido, com temperaturas máximas a variar de 300C a 350C e mínimas 90C a 120C . Para caracterização do clima da bacia do Limpopo tomou-se como factores principais; a Temperatura, a evaporação/evapotranspiração, a precipitação, humidade e o vento.

A evaporação e evapotranspiração observadas (tina USWB-A) foram em valores médios anuais entre 2300 e 1700 mm, a humidade média relativa dos anos entre 75 a 65%, vento predominante é de Sul e Sul-Este (Abril a Agosto), isto partindo de Foz ao interior. Eis as variáveis clima hidrológicos:

Características da Precipitação


No geral, constata-se que Moçambique está fortemente dependente dos escoamentos gerados nos países de montante e confronta-se com a situação de défice de água muito significativo em termos de balanço hídrico, sendo em termos gerais para a região sul, os valores médios anuais de cerca de 600mm de precipitação e 580mm de evapotranspiração efectiva, dando um excesso de escoamento de 20mm o que equivale a um escoamento anual médio de aproximadamente de 3.800Mm3. Pela análise da carta das isoetas anuais médias, verificou-se que a bacia do Limpopo está situada entre as isoetas 400mm e 1600mm, sendo no geral de uma pluviosidade fraca e repartida de forma deficiente ao longo do ano, pois, 85% da precipitação ocorre em média nos meses de Outubro a Março e restantes meses caracterizam-se por baixa precipitação sem expressão de relevo. Em geral, a pluviosidade é crescente do Nordeste para o Sudoeste, registando-se que a zona com chuva mais elevada é a do norte do rio dos Elefantes e sub-bacia do Pafúri e as zonas de com menor chuva localiza-se nas bacias do rio Changane, zona de Beitbridge na África do Sul e parte do litoral do Oeste do rio Limpopo.

Águas Subterrâneas


A água subterrânea na bacia de Limpopo, geralmente tem-se revelado salobra com algumas excepções. O aluvião do rio em questão possui água salobra da foz até às imediações de Chilembene, igual situação se verifica á montante de Chókwè junto à confluência entre o rio Limpopo e dos Elefantes até às dunas cuja área está fortemente mineralizada em virtude das recentes transgressões marinhas. Desta confluência à montante a situação é favorável, mas ainda altamente variável. O vale do rio Changane caracteriza-se por água doce e outra água doce ocorre nos vales preenchidos de areias, especialmente em depressões com alimentação de riachos temporários.

A qualidade da água subterrânea é analisada em função do valor de da condutividade eléctrica (CE) que se mede na amostra de água recolhida em cada furo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) segue dois parâmetros para classificação da água potável: o limite máximo desejável e o limite máximo tolerável.

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